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Caixa Econômica Federal Anuncia Redução no Valor Financiado para Imóveis

Caixa Econômica Federal Anuncia Redução no Valor Financiado para Imóveis

(Postada em 19/10/2024)


A Caixa Econômica Federal, que detém quase 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil, está prestes a implementar mudanças significativas nas suas regras de financiamento. A partir de 21 de outubro, a instituição reduzirá o percentual do valor financiado para a aquisição da casa própria. As novas diretrizes se aplicam tanto ao Sistema de Amortização Constante (SAC) quanto à tabela Price.

Em um comunicado direcionado a agentes do setor imobiliário, ao qual o InfoMoney teve acesso, o banco esclareceu que as novas regras abrangem imóveis novos e usados, propriedades comerciais, construções individuais e lotes urbanizados. Para o SAC, o financiamento que anteriormente cobria até 80% do valor do imóvel será reduzido para 70%. Já na tabela Price, esse percentual cairá de 70% para 50%. Além disso, os compradores não poderão ter um financiamento ativo na Caixa. O limite para o valor do imóvel como garantia é de até R$ 1,5 milhão. Vale ressaltar que imóveis adjudicados e aqueles vinculados a empreendimentos da Caixa não estão sujeitos a essas novas condições.

Com essas alterações, os consumidores, que antes precisavam ter uma entrada de 20% do valor do imóvel, agora precisarão dispor de 30% no caso do financiamento pelo SAC e 50% na tabela Price. “A Caixa está enviando mensagens claras ao mercado: a disponibilidade de recursos para empréstimos é menor e, portanto, a concessão será mais rigorosa”, afirmou Alberto Ajzental, coordenador do curso de Negócios Imobiliários da FGV.

Esse ajuste nas regras reflete a diminuição contínua da participação da poupança na formação das reservas para os empréstimos. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que costumava representar 70% das operações, hoje não chega a 34%. “O saldo das contas de poupança tem caído ano após ano, com retiradas que chegam a R$ 80 bilhões por ano, o que reduz significativamente a disponibilidade de recursos na poupança”, explicou Ajzental.

Como os bancos são obrigados a emprestar 65% do que recebem em depósitos na caderneta de poupança, a diminuição dos recursos disponíveis implica que as instituições financeiras se tornarão mais seletivas na concessão de empréstimos. Além disso, precisam lidar com a alta da Taxa Selic, que também encarece o crédito. “Com menos dinheiro disponível, o custo do empréstimo aumentará”, concluiu.

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